sexta-feira, 4 de maio de 2012

De novo e nunca mais.

E ela foi tão pisada que chegou uma hora em que o chão já estava se tornando confortável. E ela sabia como se adequar àquela situação como ninguém; querendo ou não ela se acostumou a viver assim. Até porque durante todo esse tempo, a grande maioria das horas perdidas juntos foi nesse tipo de situação: unidos pela distância que eles mesmo criavam.
E ele a magoou mais uma vez e mais uma vez se fez de vítima. Mas ela já nem ligava tanto. Não é como se não importasse, importava! Ela queria tentar, ela achava que eles deviam tentar, mas a impulsividade previsível dele pôs tudo a perder [de novo] [e exatamente como foi da ultima vez].
 E ela viu e ouviu de novo todos aqueles nomes feios sendo direcionados a ela e buscando defini-la. Mas ela não era mais a menina fraca. E ela ouviu.. esperou.. e deixou passar. Deixou passar assim como passa o vento rápido pelos cabelos anunciando que a chuva está próxima e é hora de procurar abrigo.
 Ela sabia as intenções dele e ela não caia mais nesse jogo. Ela não era a pessoa que ele dizia que ela era e ela sabia disso. Então, pra quê se preocupar? Se eu pudesse resumir a história e chegar logo a um final eu diria que ela fez as malas e se mudou. Ela não deixou endereço, caminho, roupas, sonhos, promessas, nada!
 Nada além de uma carta... uma despedida. Uma expressão de sentimentos como ela nunca tinha feito. Aquele tipo de coisa que começa com um "Hey" e termina com um "eu te amo" espremido no final da folha meio amassada. Sem esperanças. Só uma despedida. Só pra ele saber que ela já esteve ali um dia... e se foi. Criou asas.

 Daniela Privado

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