sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Um brinde a todas as impossibilidades não-vividas

"Talvez eu inventar na minha cabeça que você teve foi medo do que poderia ser, seja só uma forma de ajeitar essa narrativa louca, frustrada de tudo o que a gente (não) viveu. Mas podia.
É... é no pretérito mesmo. E eu começo a achar isso bem triste porque você está indo embora... de mim... Aqui dentro, sabe? Absolutamente irreversível. E eu fico com aquela sensação meio adrina-calcanhoto-vem-vambora-você-tem-meia-hora-pra-mudar-a-minha-vida... mas vai passar. Porque eu me conheço e eu já comecei a achar você estranho. Meio idiota até. E eu lamento, sabe? Profundamente? Porque podia ter sido incrivel. Absoluta e irreversivelmente incrivel. E nunca, nunca mais vai ser.
E é isso. Um brinde a todas as impossibilidades não-vividas... pra que elas se libertem, sabe? E talvez o mundo gire e você tenha sempre com você a incógnita do que nunca vai encontrar por aí... (nem tão cedo.) (Não como a gente.) (Não como eu.)
Só que eu não vou estar mais aqui."

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